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O computador faz parte da vida social das pessoas, oferecendo muitas utilidades no dia a dia, para o uso pessoal ou profissional, e gradativamente as pessoas vão adquirindo habilidades para lidar com esse fabuloso instrumento. É notório o crescimento de usuários desta magnífica máquina. A sociedade está a cada dia mais informatizada e a amplitude da utilização do computador deve-se às mudanças que foram surgindo passo a passo. Mudanças essas que afetam todos os aspectos da vida humana, exigindo um novo perfil e adequação a novos hábitos e ações determinadas pelos avanços tecnológicos.
O cenário educacional brasileiro atual ainda há muito que avançar no que tange à inserção do computador na prática pedagógica, apesar de se reconhecer que já existem alguns avanços com as várias propostas de inclusão digital dos docentes oferecidas pelo Programa Nacional de Informática na Educação ( PROINFO). O Proinfo foi desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC) por meio da Secretaria de Educação a Distância (SEED), e seu lançamento, trazia como principal meta a introdução das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nas escolas públicas “como ferramenta de apoio ao processo ensino aprendizagem” ( Prado, et al. 2003, p.27).
O computador é uma ferramenta que oferece grandes possibilidades no que se refere ao conhecimento. Para Almeida (2000,p. 79) o computador é “uma máquina que possibilita testar idéias ou hipóteses, que levam à criação de um mundo abstrato e simbólico, ao mesmo tempo em que permite introduzir diferentes formas de atuação e interação entre as pessoas.”
Muitas escolas públicas já estão equipadas com laboratório de informática educativa, os Lieds, no sistema operacional Linux Educacional um software livre, adotado pelo MEC e voltado para a educação. O Linux Educacional Apresenta várias ferramentas de produtividade, e outros programas educativos que, quando usados adequadamente e com propósitos pedagógicos definidos, possibilitam aulas mais dinâmicas e atrativas aos alunos.
Vale ressaltar que o uso do computador na escola não garantirá uma aprendizagem eficaz. Isso depende da concepção e da prática do professor. Um professor que sempre se preocupou só com o conteúdo e utiliza um editor de slide para ministrar a sua aula tal como era antes, sem propósitos em criar situações de aprendizagem, apenas mudou o recurso, mas perpetua a metodologia que costumava utilizar.
Dessa forma, o computador é apenas mais um instrumento, um recurso que serve para “dar aulas”, mas de forma mecânica. Ou seja, não fará nenhuma diferença. Muitas vezes, o quadro negro poderá ser um recurso até mais atrativo e eficaz que o computado, se o professor for dinâmico e desenvolver uma excelente metodologia. Pois a eficácia não está no recurso e sim na forma como o professor o utiliza.
Para que o computador favoreça uma aprendizagem significativa, é necessário o pensamento do ser humano para criar possibilidades do ensinar e do aprender e situações para o conflito cognitivo. O computador é apenas uma máquina, sem a intervenção humana, jamais poderá ser útil. Não é a máquina que mudará a realidade, mas o ser humano enquanto sujeito de sua história por meio da reflexão e atuação no mundo. “Quanto mais ele reflete sobre a realidade, sobre a sua própria situação concreta, mais se torna progressiva e gradualmente consciente, comprometido a intervir na realidade para mudá-la”. (Mizukami, 1983, p.83).
É o professor que deve dar sentido ao uso dessa ferramenta em seu fazer pedagógico. E para que isso ocorra, é necessário que a escola priorize a formação dos docentes para o uso das mídias e especificamente para o uso do computador e da internet. Nesse sentido, Valente (1993, p.38) afirma que “para a implantação dos recursos tecnológicos de forma eficaz na educação são necessários quatro ingredientes básicos: o computador, o software educativo, o professor capacitado para usar o computador como meio educacional e o aluno”.
Suelma Paixão Pereira
O Computador como Ferramenta de Aprendizagem
"A integração das Midias e Tecnologias no cotidiano escolar, constituem-se em um processo amplo que requer um olhar mais profundo nas novas formas de ensinar e aprender." Veja, e reflita sobre essa temática no slide abaixo.
As Tecnologias no Cotidiano Escolar
No cenário atual, as escolas têm adquirido novas concepções reconhecendo a importância do uso das diferentes mídias na prática pedagógica. Com isso surgem algumas indagações, do tipo: como preparar o professor para essa nova demanda? De que forma utilizarão as mídias e tecnologias existentes na escola para melhorar o ensino e a aprendizagem dos alunos? Como incentivar o uso dos recursos midiáticos que a escola dispõe no sentido de potencializar a prática docente? Essas indagações são pertinentes a medida em que se coloca o papel da escola como reflexão diante dos avanços tecnológicos e a postura do professor na integração das novas mídias. Professores que estavam muito bem acostumados a planejar tendo como único recurso o livro didático, ou o retroprojetor, se depara diante de ferramentas nunca antes utilizadas e que não fazia parte de sua rotina escolar. isso se constitui em um grande desafio, mas não impossível de superar,pois a chegada de computadores, DVDs, câmeras digitais, enfim todo esse aparato tecnológico, influencia a modo de pensar do professor, a curiosidade dos alunos e exige a construção de propostas para o uso adequado dessas novas ferramentas na din6amica da aprendizagem.
Uma das possibilidades para a utilização das mídias na escola é através de projetos. E nesse sentido o aluno aprende a fazer fazendo, numa perspectiva construcionista, aplicando na prática o que compreende, descobrindo e redescobrindo aguçando sua imaginação e curiosidade.
Em se tratando da aprendizagem por projeto, Prado (2001) enfatiza a sua importância pelo fato de o aluno poder aplicar aquilo que sabe de forma intuitiva e/ou formal, estabelecendo relações entre conhecimentos, o que pode levá-lo a ressignificar os conceitos e as estratégias utilizadas, ampliando o seu repertório de análise e compreensão. Entretanto, essa abordagem pedagógica requer do professor uma postura diferente daquela habitualmente utilizada no sistema da escola, ou seja, requer uma postura que concebe a aprendizagem como um processo que o aluno constrói “como produto do processamento, da interpretação, da compreensão da informação”( Valente, 2003,p. 20).
REFERÊNCIAS
- PRADO, M. E. B. B. Pedagogia de Projetos: Fundamentos e Implicações. Boletim do Salto para o Futuro. Série Pedagogia de Projetos e integração de mídias, TV-ESCOLA-SEED-MEC, 2003. Disponível no site: http:www.tvebrasil.com.br/salto.
- VALENTE, J. A. O papel do computador no processo ensino-aprendizagem. Boletim do Salto para o Futuro. Série Pedagogia de Projetos e integração de mídias, TV-ESCOLA-SEED-MEC, 2003.